As bancas passaram a ter relevância que não possuem.
Sempre fui um apaixonado por métodos e procedimentos. Uma colega do TRE, em tom de elogio, eu acho, diz que eu tenho a cabeça “quadrada”, fazendo alusão a essa minha obsessão por criar e respeitar técnicas de “como fazer algo”.
E eu confesso que as vezes dou mais importância para o método que a própria atividade fim.
Quando concurseiro, apreciava bastante livros sobre “como passar”. Comecei pelo mais clássico de todos: William Douglas. Passei pelo “Manual do Concurseiro” do Alex Viegas, os textos do Alexandre Meireles, e outras dezenas disponíveis na internet…
Todos esses manuais eram uníssonos em repetir pelo menos 3 dicas: faça bastante questões, revise e estude a banca.
Esses, sim, autênticos gurus dos concursos, jamais enfatizaram que o aluno estudasse a maior quantidade de conteúdo possível, muito provavelmente, porque não queriam escrever o óbvio. Mas as vezes o comezinho precisa ser dito, daí porque os “dublês de coach” arrebanham milhares de seguidores.
Não sou esse dublê, mas preciso dizer: o mais importante no estudo é o aprendizado/sistematização da matéria. A banca é secundária, que só vai ganhar importância com a publicação do edital ou a contratação oficial pelo órgão, cerca de 2 a 3 meses antes da prova.
Nesse intervalo de tempo, tendo feito o “dever de casa”, qual seja, estudar, pode-se perfeitamente fazer o ajuste fino, adaptando a bagagem de estudo ao perfil da banca. A recíproca, por outro lado, não é verdadeira. É dizer, de nada adianta saber a banca se o conteúdo não foi vencido.
Passei para Analista Judiciário da Justiça Eleitoral em concurso realizado pelo Instituto Brasileiro de Formação e Capacitação – IBFC, quando simultaneamente realizava 2ª fase de juiz e promotor, VUNESPE e FCC, respectivamente.
Isso porque eu era um gênio? Absolutamente, não. Naquela ocasião, eu já possuía forte base nas principais matérias do foco da carreira que eu havia escolhido. Ao ser publicado um edital de interesse, eu apenas “ajustava a vela” ao vento, digo, conforme a banca escolhida.
Portanto, deve-se conferir a importância da banca naquilo em que realmente é o seu terreno, a saber, quando ocorrer a contração oficial pela instituição em que se vai prestar o concurso. Até lá, faça o óbvio, estude a matéria, resolva questões das principais bancas e, quando for publicado o edital, a coadjuvante terá seu lugar de destaque.
Não inverta a ordem.
Bons estudos!
Boa tarde, realmente antigamente pensava assim como os “gurus” ditavam, mas com o tempo estou aprendendo a lidar com essa situação, ainda não consegui atingir a meta da nomeação. Ainda na batalha para que esse dia chegue.
Se Deus quiser, vai alcançar.